Ácido fólico e ferro são componentes indispensáveis para uma gravidez saudável, para a mãe e para o bebê. Muitas vezes, necessitam ser suplementados, mas sempre por médico ou nutricionista, nunca por conta própria.
Durante a gravidez, há um aumento das necessidades nutricionais da mulher para a formação dos componentes da gestação, para o crescimento do feto e para formar as reservas que serão utilizadas, pela mãe e pelo bebê, durante todo esse período e durante a lactação.
O ideal é que a gestante aumente a ingestão de nutrientes por meio de uma alimentação saudável e balanceada. Esse aumento deve ser orientado sempre por nutricionista, porque de nada adianta aumentar a energia da dieta se esta não for acompanhada de vitaminas e minerais essenciais a essa fase.
Devido ao aumento das necessidades de nutrientes nesse período, além de seguir um cardápio variado e rico em alimentos nutritivos, em muitos casos é necessária a utilização de suplementos, especialmente de ácido fólico e ferro, como uma forma de precaução contra possíveis deficiências que comumente ocorrem, afetando tanto a mãe como o bebê.
Ácido fólico, fundamental contra malformações
O ácido fólico é uma vitamina que atua na produção sangüínea e na produção das células, atividades que se intensificam neste período, e é fundamental para a formação do sistema nervoso do feto. A deficiência de ácido fólico está relacionada a um tipo de anemia, chamada anemia megaloblástica, e a malformações no bebê, como anencefalia e espinha bífida.
A gestante necessita de 600 microgramas dessa vitamina por dia, 200 microgramas a mais do que a mulher não grávida. No entanto, a suplementação de ácido fólico deve ocorrer um mês antes de engravidar e nos dois primeiros meses de gestação, pois o tubo neural se fecha logo na quarta semana.
Apesar da suplementação, a gestante deve continuar ingerindo alimentos ricos em ácido fólico: vegetais de folhas verdes, como espinafre e brócolis, fígado, suco de laranja, alimentos integrais e legumes.
Hoje em dia, todas as farinhas são enriquecidas com ferro e ácido fólico. Cada 100 gramas de farinha de trigo contêm aproximadamente 200 microgramas de ácido fólico. Assim, quando você consome o pão no café da manhã, já esta ingerindo esse nutriente. Mas converse com seu médico ou nutricionista.
Ferro na medida certa
O ferro faz parte da hemoglobina, substância dos glóbulos vermelhos responsável por transportar oxigênio para todo o corpo. Durante a gestação, 27 mg de ferro são necessários para a produção de mais hemoglobina para a mãe e para o feto. Se necessário, o feto recorrerá às reservas da mãe. Com o enriquecimento da farinha de trigo com ferro, cada pão de 50 gramas apresenta em média 2 mg de ferro.
Os demais nutrientes também apresentam recomendações diferenciadas para esse período. Um cardápio balanceado e o acompanhamento médico e nutricional são essenciais para essa fase.
Lembre-se: suplementação só com orientação.