Hipertensão pode não dar sintomas e aumenta risco de infarto e derrame

A hipertensão é um dos principais problemas de saúde pública no Brasil – a doença atinge um a cada três adultos e, em média, três a cada quatro brasileiros com mais de 70 anos. No mundo, 7 milhões morrem por ano pelo problema, o que significa que a cada 5 segundos, uma pessoa morre vítima da doença.
O perigo é que, na maioria das vezes, ela não dá sintomas e aumenta o risco de infarto e derrame cerebral, como explicou o cardiologista Roberto Kalil no Bem Estar desta terça-feira (10).
Para prevenir, a principal forma é reduzir a quantidade de sódio da alimentação, substância que aumenta e mantém a pressão em níveis mais altos. No entanto, os brasileiros consomem muito mais sódio do que o recomendado – a ingestão no país é de 4 a 5 gramas por dia, sendo que o ideal é 2 gramas.
Segundo o cardiologista Celso Amodeo, o sódio estimula quimicamente o sistema nervoso simpático, causando uma vasoconstrição; além disso, causa um processo de osmose já que o sódio do sangue rouba a água das células que estão ao redor, aumentando o volume sanguíneo e forçando a parede das artérias, o que eleva a pressão.
Justamente porque o sódio gosta de água, quem tem pressão alta geralmente urina menos, como alertou o nefrologista Décio Mion. Nessa situação, a urina fica mais concentrada, e às vezes, mais amarela.
 
Em relação ao sal, porém, existem dois tipos de problemas: as pessoas que são sensíveis ou resistentes. No caso dos resistentes, o rim tem uma capacidade maior de eliminar o sal junto com a urina, ou seja, o sal passa pelo rim e a “peneira” tem os espaços mais abertos. Já os sensíveis têm espaços mais fechados, que retém maior quantidade de sal e líquido, elevando o risco de inchaço e pressão alta.
No entanto, reduzir o sódio é apenas uma das medidas de controle da pressão – ingerir mais potássio, perder peso e fazer atividade física também são recomendações importantes.
 
No caso da dieta, é importante tomar alguns cuidados com o sódio escondido nos alimentos. Os alimentos industrializados são uns dos que mais têm sódio e, por isso, populações urbanas costumam ter mais pressão alta. Um estudo organizado pela Sociedade e Federação Internacional de Cardiologia, que envolveu mais de 10 mil adultos em 31 países do mundo todo, mostrou que os 254 índios yanomami avaliados em Roraima não apresentaram nenhum caso de hipertensão, por causa da alimentação saudável.
Fora evitar os industrializados, é preciso ainda tomar cuidado com o sal de adição – a dica é substituir por ervas, sal light ou até mesmo o gersal. No caso dos alimentos que vêm dentro de latas, a nutricionista aconselha lavar as conservas e deixar os alimentos de molho por alguns minutos, o que pode ajudar a diminuir o sódio. Fonte: site G1.
 
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